No dia 11 de agosto, celebra-se o Dia do Advogado, momento ideal para recordar a trajetória da profissão e refletir sobre os desafios trazidos pelas tecnologias emergentes.
Reconhece-se que o papel do advogado vai muito além da simples defesa em processos judiciais, assumindo a função de guardião da justiça e agente fundamental para assegurar direitos e evitar conflitos.
A Constituição Federal, no artigo 133, reforça essa importância ao determinar que o advogado é indispensável à administração da justiça, garantindo proteção aos seus atos e manifestações no exercício da profissão. Portanto, não é exagero afirmar que, sem a atuação do advogado, não há justiça plena.
Ao assegurar, durante o exercício de sua profissão, a observância dos direitos e prerrogativas constitucionais e o cumprimento das leis, os advogados contribuem para a democracia, promovendo a transparência das instituições, a igualdade perante a lei e fiscalizando eventuais abusos de poder.
Tecnologia em pauta:
A advocacia deve se adaptar constantemente às mudanças, tanto legislativas quanto tecnológicas.
Os advogados mais antigos certamente se lembram dos processos físicos — milhares de folhas que só podiam ser consultadas presencialmente, uma realidade distante da atual, em que basta ter acesso à internet para visualizar todo o processo. A tecnologia revolucionou a área, e quem não se adapta acaba ficando para trás.
Hoje, diversas tecnologias influenciam a atuação profissional, como a Inteligência Artificial (IA). O uso crescente dessas ferramentas traz novos desafios, que exigirão a criação de leis específicas e impactarão diretamente a atividade advocatícia. Um exemplo recente é a Lei 15.123/25, que agrava a pena nos crimes de violência contra a mulher quando há o uso de IA ou outras tecnologias que alterem imagem ou voz da vítima.
Muitas outras questões sociais importantes, geradas por essa nova era tecnológica, ainda carecem de regulamentação adequada, inclusive a própria Inteligência Artificial.
Algumas habilidades e competências para o futuro
Sem dúvidas, os próximos advogados precisarão desenvolver novas habilidades para enfrentar os desafios atuais:
- Conhecimento tecnológico: saber utilizar as tecnologias, pois isso traz vantagens estratégicas e otimiza a atuação profissional;
- Atualização constante: acompanhar as novas legislações que surgirão para regulamentar as tecnologias e seus impactos;
- Competências multidisciplinares: ampliar a visão, integrando conhecimentos de áreas como tecnologia, economia, ética e comunicação.
Como as tecnologias podem otimizar os serviços jurídicos?
As tecnologias desempenham papel importante na otimização dos serviços jurídicos, agilizando processos, facilitando o acesso à informação e possibilitando um atendimento mais eficaz.
Atividades simples, operacionais e repetitivas podem ser automatizadas, como a busca por julgados e jurisprudências. Além disso, elas ajudam a desenvolver teses argumentativas mais eficazes, analisando decisões anteriores de determinados magistrados e identificando estratégias que trouxeram melhores resultados, conferindo uma vantagem estratégica.
Quer saber mais?
Leia o livro:
“Inteligência Artificial Generativa na Prática Jurídica”, de Bernardo de Azevedo e Souza, apresenta uma análise contemporânea e robusta sobre o uso da inteligência artificial generativa no contexto jurídico. Com abordagem didática e acessível, a obra demonstra como a inteligência artificial tem transformado a automação de tarefas comuns aos operadores do direito, tornando esses processos mais eficientes, padronizados e seguros.