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Inteligência Artificial Generativa: O que é e como funciona

Mão humana quase tocando uma mão robótica. Inteligência Artificial Generativa.

Um panorama sobre uma das áreas mais promissoras e desafiadoras da IA

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) se refere a modelos de IA capazes de gerar novos conteúdos e dados, originais e valiosos, como textos, imagens, áudios e até códigos de programação.

Tudo isso a partir de um conjunto de dados de treinamento, que utilizam algoritmos de aprendizado de máquina, especialmente redes neurais, técnicas de processamento de linguagem natural e assim, aprendem os padrões subjacentes nos dados e podem então gerar novas saídas com um conteúdo que seja semelhante ao criado por humanos. A IAG é uma área empolgante e em rápido crescimento do Direito Digital.

Breve histórico da Inteligência Artificial Generativa

As raízes da IA Generativa remontam às décadas de 1950 e 1960, com os primeiros trabalhos em redes neurais artificiais e algoritmos de aprendizado de máquina.

Na década de 1980, os avanços em hardware e a popularização das redes neurais profundas permitiram grandes progressos em tarefas como reconhecimento de imagem e fala. Mas, embora houvesse progressos, o deep learningcomo o conhecemos hoje não era predominante nessa época.

A partir dos anos de 2010, a disponibilidade de grandes quantidades de dados e o aumento do poder computacional impulsionaram o desenvolvimento de modelos de deep learning cada vez maiores e mais sofisticados.
Em 2014, a empresa Google apresentou as Redes Neurais Adversárias Generativas (GANs), um marco importante que permitiu gerar dados sintéticos e realistas, como imagens.

Já nos últimos anos, modelos de linguagem de grande porte como o GPT- 3 da OpenAI (2020) e o PaLM da Google (2022) demonstraram capacidades impressionantes em gerar textos coerentes e criativos.

Então, embora as bases teóricas sejam mais antigas, os grandes avanços em IA Generativa realmente decolaram na última década, impulsionados pelo deep learning, big data e poder computacional. A IA generativa não surgiu em um único local, mas é resultado de esforços colaborativos de pesquisadores em todo o mundo. No entanto, muitos dos avanços significativos ocorreram em universidades e empresas de tecnologia nos Estados Unidos e na Europa.

Como funciona a Inteligência Artificial Generativa?

A Inteligência Artificial Generativa usa principalmente dois tipos de modelos de aprendizado de máquina: os modelos generativos adversariais (GANs) e os modelos autorregressivos (ARs). Essas são as abordagens mais populares e influentes no campo.

Os GANs são compostos por duas redes neurais que competem entre si: uma rede geradora, que tenta criar conteúdos novos e realistas, e uma rede discriminadora, que tenta distinguir os conteúdos gerados dos reais. O objetivo é que a rede geradora engane a rede discriminadora, produzindo conteúdos cada vez mais convincentes. Os GANs são muito usados para gerar imagens, vídeos e áudios.

Os ARs são modelos que aprendem a prever o próximo elemento de uma sequência, baseando-se nos elementos anteriores. Por exemplo, um modelo AR pode prever a próxima palavra de uma frase, ou o próximo pixel de uma imagem, usando os dados de treinamento como referência. Os ARs são muito usados para gerar textos, músicas e códigos.

Principais Tecnologias utilizadas:
 Redes Neurais: Modelos como Redes Neurais Artificiais (ANNs), Redes Neurais Convolucionais (CNNs) e Redes Neurais Recorrentes (RNNs);

Transformers: Modelos como o GPT (Generative Pre-trained Transformer) e BERT (Bidirectional Encoder Representations from Transformers) são populares por sua capacidade de gerar texto coerente
e contextualizado;

GANs (Generative Adversarial Networks): Usadas para gerar imagens e vídeos realistas. Consistem em duas redes neurais que se treinam mutuamente, uma gerando conteúdo e a outra avaliando sua autenticidade.
Possíveis aplicações da Inteligência Artificial Generativa
A IA Generativa tem diversas aplicações potenciais em vários domínios, como arte, educação, entretenimento, saúde, negócios, ciência, e muito mais. As principais áreas que utilizam essa ferramenta são: Marketing e Publicidade, Saúde, Educação e Entretenimento.
Algumas das aplicações possíveis são:

Criar obras de arte originais, como pinturas, esculturas, músicas, poemas, etc;
Desenvolver jogos interativos e imersivos, com cenários, personagens e narrativas gerados dinamicamente;
Produzir conteúdos educacionais personalizados, como livros, vídeos, exercícios, etc;
Sintetizar vozes, rostos e gestos humanos, para criar assistentes virtuais, dubladores, atores, etc;
Gerar dados sintéticos para treinar outros modelos de IA, quando os dados reais são escassos, caros ou sensíveis;
Simular cenários futuros, como mudanças climáticas, epidemias, guerras, etc;
Desenhar novos produtos, como roupas, móveis, carros, etc;
Inventar novas moléculas, medicamentos, materiais, etc;
Otimizar processos, como planejamento, logística, design, etc;
Entreter e surpreender as pessoas, com conteúdos criativos, divertidos e inesperados.
Benefícios e vantagens

Com a utilização da Inteligência Artificial Generativa pode-se ter uma maior eficiência na produtividade, pois muitas tarefas repetitivas e demoradas podem ser automatizadas, ajudando também a resolver problemas complexos. Há também um aumento na criatividade, pois ela auxilia nos processos criativos, oferecendo novas perspectivas e ideias. Além de uma personalização específica, já que é capaz de criar conteúdos altamente personalizados para usuários.

Além disso, a IA Generativa tem se mostrado uma ferramenta valiosa na preservação e restauração cultural, podendo reconstruir obras de arte danificadas ou preencher lacunas em registros históricos. No campo educacional, ela oferece novas formas de aprendizado interativo e personalizado, adaptando-se ao ritmo e estilo de cada estudante.

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