BRUXELAS (Reuters) – A Comissão Europeia propôs na quinta-feira quatro projetos de defesa emblemáticos — incluindo um sistema contra drones e um plano para fortificar a fronteira oriental — como parte de uma iniciativa para preparar o continente para se defender até 2030.
As propostas, em um “roteiro” de política de defesa, refletem os temores alimentados pela guerra na Ucrânia de que a Rússia possa atacar um membro da UE nos próximos anos e os apelos do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a Europa faça mais por sua própria segurança.
“O perigo não desaparecerá mesmo quando a guerra na Ucrânia terminar. Está claro que precisamos endurecer nossas defesas contra a Rússia”, declarou a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, em uma entrevista coletiva.
A Comissão disse que dois “carros-chefe” são particularmente urgentes — a Iniciativa Europeia de Defesa contra Drones, anteriormente conhecida como “muro de drones”, e a Vigilância do Flanco Oriental, que tem como objetivo “fortalecer as fronteiras orientais da UE” por terra, ar e mar.
A Comissão, o órgão executivo da União Europeia, afirmou que ambos os projetos devem ter capacidade inicial até o final do próximo ano. O projeto de drones deve estar totalmente funcional um ano depois e a “vigilância de flanco” deve atingir esse status no final de 2028.
Também propôs um Escudo Aéreo Europeu, para defesa contra mísseis e outras ameaças aéreas, e um Escudo Espacial Europeu, para proteger os ativos e serviços espaciais europeus.
Os líderes dos 27 governos membros da UE decidirão se aprovam as propostas e chegam a um acordo sobre quem executará os projetos que receberem o sinal verde.
(Reportagem de Andrew Gray e Lili Bayer)