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Trump vai interromper envio de medicamentos contra HIV e malária para países pobres, dizem fontes

Imagem mostrando trabalhadores voluntários usando equipamentos de proteção durante uma atividade da USAID na comunidade, destacando a importância da ajuda humanitária.

Por Jennifer Rigby

LONDRES (Reuters) – O governo Trump decidiu interromper o fornecimento de medicamentos vitais para HIV, malária e tuberculose, bem como de suprimentos médicos para bebês recém-nascidos, em países apoiados pela USAID em todo o mundo, segundo um memorando analisado pela Reuters.

Nesta terça-feira, terceirizados e parceiros que trabalham com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) começaram a receber tais memorandos para interromper o trabalho imediatamente, disseram as fontes. A medida faz parte de um congelamento mais amplo da ajuda e do financiamento dos EUA, implementado desde que Trump assumiu o cargo em 20 de janeiro, enquanto os programas são revisados.

Um desses memorandos foi para a Chemonics, uma grande empresa de consultoria dos EUA que trabalha com a USAID no fornecimento de medicamentos para uma série de doenças em todo o mundo.

O memorando abrange o trabalho da empresa em HIV, malária e tuberculose, bem como contracepção e suprimentos de saúde materno-infantil, disseram à Reuters uma fonte e um ex-funcionário da USAID.

“Isso é catastrófico”, disse Atul Gawande, ex-diretor de saúde global da USAID que deixou a agência este mês. “Os suprimentos de medicamentos doados mantêm vivas 20 milhões de pessoas que vivem com HIV. Isso acaba hoje.”

A Chemonics e a USAID não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da Reuters.

As interrupções no tratamento de doenças significam que os pacientes correm o risco de adoecer, além de, no caso do HIV em particular, transmitir o vírus a outras pessoas. Isso também significa que podem surgir cepas resistentes a medicamentos, segundo Gawande.

Ele afirmou que outros parceiros também receberam avisos que significam que eles não podem entregar medicamentos a clínicas, mesmo que os tenham em estoque, ou abrir as clínicas se elas forem financiadas pelos EUA.

Isso inclui organizações que trabalham com 6,5 milhões de órfãos e crianças vulneráveis com HIV em 23 países, disse ele.

Trump ordenou uma pausa de 90 dias na assistência ao desenvolvimento no exterior em 20 de janeiro, dia em que tomou posse, aguardando avaliações de eficiência e consistência com a política externa dos EUA.

Seu governo também colocou em licença cerca de 60 funcionários de carreira sênior da USAID, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters na segunda-feira.

As ações do governo ameaçam bilhões de dólares de ajuda para salvar vidas do maior doador individual do mundo. No ano fiscal de 2023, os EUA desembolsaram 72 bilhões de dólares em assistência. Forneceram 42% de toda a ajuda humanitária monitorada pelas Nações Unidas em 2024.

 

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