Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu os esforços para chegar a um acordo diplomático com a Venezuela e disse ao seu enviado especial, Richard Grenell, para interromper qualquer contato, disse uma autoridade sênior dos EUA na segunda-feira.
A medida, que foi relatada pela primeira vez pelo New York Times, segue uma série de ataques militares a navios que transportam drogas perto da Venezuela. Trump disse ao Congresso que os EUA estão envolvidos em “um conflito armado não internacional” com os cartéis de drogas.
Embora Trump esteja supostamente considerando ataques dentro do país sul-americano, a autoridade dos EUA disse à Reuters que o presidente ainda não determinou se avançará sua campanha militar para uma segunda fase.
Trump transmitiu a mensagem a Grenell durante uma reunião no Salão Oval na última quinta-feira com líderes militares seniores, afirmou a autoridade sênior.
No domingo, Trump disse a membros do serviço militar dos EUA que os ataques dos EUA a embarcações na costa da Venezuela haviam interrompido o fluxo de drogas por mar e que os EUA agora “teriam que começar a olhar para a terra”. A Casa Branca não divulgou mais detalhes.
As tensões entre Washington e Caracas se intensificaram desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro, com o presidente venezuelano Nicolás Maduro negando as alegações dos EUA de que drogas estavam sendo produzidas no país e afirmando que os EUA esperam tirá-lo do poder.
Trump minimizou a possibilidade de uma mudança de regime no país sul-americano.
Em agosto, Washington dobrou sua recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$50 milhões, acusando-o de ligações com o tráfico de drogas e grupos criminosos, o que Maduro nega.