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Trump determina saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde

Trump determina saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde

Logotipo da Organização Mundial da Saúde em destaque em uma parede. O símbolo representa a missão da OMS de promover saúde e bem-estar global.

Por Patrick Wingrove e Jennifer Rigby

NOVA YORK (Reuters) – Os Estados Unidos deixarão a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse o presidente Donald Trump na segunda-feira, afirmando que a agência global de saúde lidou mal com a pandemia da Covid-19 e outras crises internacionais de saúde.

Trump disse que a OMS não conseguiu agir de forma independente da “influência política inadequada dos Estados membros da OMS” e exigiu “pagamentos injustamente onerosos” dos EUA que eram desproporcionais às somas fornecidas por outros países maiores, como a China.

“A Saúde Mundial nos enganou, todo mundo engana os Estados Unidos. Isso não vai mais acontecer”, afirmou Trump na assinatura de decreto sobre a retirada, logo após sua posse para um segundo mandato.

A OMS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Quando perguntado sobre a decisão e os comentários de Trump, o Ministério das Relações Exteriores da China disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira que o papel da OMS na governança global da saúde só deve ser fortalecido, não enfraquecido.

“A China continuará a apoiar a OMS no cumprimento de suas responsabilidades e aprofundará a cooperação internacional em saúde pública”, declarou Guo Jiakun, porta-voz do ministério.

A medida significa que os EUA deixarão a agência de saúde das Nações Unidas dentro de 12 meses e interromperão todas as contribuições financeiras para seu trabalho. Os Estados Unidos são, de longe, o maior patrocinador financeiro da OMS, contribuindo com cerca de 18% de seu financiamento geral. O orçamento bienal mais recente da OMS, para 2024-2025, é de 6,8 bilhões de dólares.

A saída dos EUA provavelmente colocará em risco os programas de toda a organização, de acordo com vários especialistas de dentro e de fora da OMS, principalmente aqueles que combatem a tuberculose, a maior causa de morte por doenças infecciosas do mundo, bem como HIV/AIDS e outras emergências de saúde.

Segundo a ordem de Trump, o governo interromperá as negociações sobre o tratado de pandemia da OMS enquanto a retirada estiver em andamento. A equipe do governo dos EUA que trabalha com a OMS será chamada de volta e transferida, e o governo buscará parceiros para assumir as atividades necessárias da OMS.

O governo revisará, rescindirá e substituirá a Estratégia de Segurança Sanitária Global dos EUA de 2024 assim que possível, de acordo com o decreto.

 

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