Por Sheila Dang e David Shepardson
(Reuters) – O TikTok vai proibir conteúdo que promove a carta escrita por Osama bin Laden em 2002 detalhando as justificativas do ex-líder da Al Qaeda pelos ataques contra norte-americanos, afirmou o aplicativo de vídeos curtos nesta quinta-feira.
Discussões sobre a carta de 20 anos atrás se espalharam pela plataforma esta semana, no contexto do debate da guerra entre Israel e Hamas, com alguns usuários no Ocidente elogiando o conteúdo.
A carta, escrita após o ataque da Al Qaeda contra os Estados Unidos que matou quase 3 mil pessoas, criticava o apoio dos EUA a Israel, acusava norte-americanos de financiar a “opressão” de palestinos e continha comentários antissemitas.
Bin Laden foi morto em 2011 no Paquistão por uma unidade de operações especiais dos EUA.
“Conteúdo promovendo essa carta claramente viola nossas regras sobre apoiar qualquer tipo de terrorismo”, disse o TikTok em um comunicado, acrescentando que relatos de que estava viralizando na plataforma eram imprecisos.
Na quarta-feira, o The Guardian retirou a carta completa de Bin Laden do ar, que havia sido publicada em 2002. O jornal disse em seu site que a carta estava sendo compartilhada nas redes sociais sem o contexto completo e que direcionaria os leitores à reportagem que originalmente falou sobre a carta.
(Reportagem de Sheila Dang em Austin e David Shepardson em Washington)