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Reuniões do FMI e do Banco Mundial serão marcadas por guerras, crescimento lento e eleição nos EUA

Reuniões do FMI e do Banco Mundial serão marcadas por guerras, crescimento lento e eleição nos EUA

Reuniões do FMI e do Banco Mundial serão marcadas por guerras

Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) – Autoridades de Finanças de todo o mundo se reunirão em Washington nesta semana em meio à incerteza intensa sobre os conflitos no Oriente Médio e na Europa, uma economia chinesa em desaceleração e preocupações de que a eleição presidencial nos Estados Unidos possa desencadear novas batalhas comerciais e corroer a cooperação multilateral.

As reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial devem atrair mais de 10.000 pessoas de Ministérios das Finanças, bancos centrais e grupos da sociedade civil para discutir os esforços para impulsionar o crescimento global irregular, lidar com o problema da dívida e financiar a transição para a energia limpa.

Mas o assunto que estará inevitavelmente presente nas salas de reunião é a possibilidade de vitória do candidato republicano Donald Trump na disputa pela Casa Branca em 5 de novembro, que pode abalar o sistema econômico internacional com novas tarifas e empréstimos maciços e um afastamento da cooperação climática.

“Sem dúvida, a questão mais importante para a economia global – o resultado da eleição nos EUA – não está na agenda oficial desta semana, mas está na mente de todos”, disse Josh Lipsky, ex-funcionário do FMI que agora dirige o Centro Geoeconômico do Atlantic Council.

A eleição “tem implicações enormes sobre a política comercial, sobre o futuro do dólar, sobre quem será o próximo chair do Federal Reserve, e tudo isso afeta todos os países do mundo”, acrescentou.

Espera-se que a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, a candidata democrata à Presidência, dê continuidade à retomada da cooperação multilateral do governo de Joe Biden em questões climáticas, tributárias e de alívio da dívida, caso ela vença o pleito do próximo mês.

As reuniões, que começam nesta segunda-feira, provavelmente serão as últimas para a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que liderou grande parte dos esforços econômicos e climáticos multilaterais do governo Biden.

Yellen disse que “possivelmente” se aposentará do serviço público ao final do mandato de Biden, em janeiro.

No entanto, espera-se que o crescente sentimento comercial anti-China e os planos de política industrial dos países ricos, pontuados pelos aumentos acentuados das tarifas do governo Biden sobre veículos elétricos, semicondutores e produtos solares chineses, sejam um dos principais tópicos de discussão nas reuniões.

O FMI atualizará suas perspectivas de crescimento global na terça-feira. Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, sinalizou uma projeção sem brilho, dizendo que o mundo, sobrecarregado por altas dívidas, está caminhando para um crescimento lento a médio prazo e apontando para um “futuro difícil”

Ainda assim, Georgieva disse que não está “superpessimista” em relação às perspectivas, devido aos focos de resistência, principalmente nos EUA e na Índia, que estão compensando a fraqueza contínua na China e na Europa.

Embora a inadimplência da dívida entre os países pobres possa ter atingido o pico, os participantes das reuniões devem discutir o problema crescente da escassez de liquidez que está forçando alguns mercados emergentes, sobrecarregados com altos custos de serviço da dívida, a adiar os investimentos em desenvolvimento à medida que a ajuda externa diminui.

O apoio à Ucrânia também será um dos principais tópicos das reuniões, já que os países do G7 pretendem chegar a um acordo até o final de outubro para um empréstimo de 50 bilhões de dólares para o aliado com o uso de ativos soberanos russos congelados.

 

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