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Reguladores bancários globais concordam em priorizar trabalho sobre riscos climáticos

Donald Trump durante um discurso, evidenciando seu estilo de comunicação e imagem pública. O ex-presidente discute temas importantes em um ambiente formal.

Por Virginia Furness

LONDRES (Reuters) – Os reguladores bancários globais concordaram nesta segunda-feira em intensificar os esforços para entender melhor os riscos financeiros impostos pelas mudanças climáticas, em meio à resistência dos Estados Unidos.

O órgão de supervisão do fórum mundial de reguladores bancários se reuniu nesta segunda para fazer um balanço do trabalho do comitê sobre riscos financeiros relacionados ao clima. Ele concordou em priorizar esforços para entender as implicações de riscos financeiros de eventos climáticos extremos, disse o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em um comunicado.

O acordo ocorre em um momento em que formuladores de políticas e reguladores bancários de ambos os lados do Atlântico debatem até que ponto as mudanças climáticas devem ser incorporadas às políticas dos bancos centrais. Essa disputa, segundo analistas, provavelmente moldará a tomada de decisões dos bancos centrais ao redor do mundo.

Na Europa, os legisladores redobraram os esforços para lidar com os riscos relacionados ao clima, com o Banco Central Europeu tornando a gestão de riscos climáticos uma prioridade fundamental. Nos Estados Unidos, os esforços foram reduzidos ou arquivados.

O grupo de presidentes de bancos centrais e chefes de supervisão, que compõem o órgão de supervisão do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, também disse que publicará uma estrutura de divulgação voluntária sobre riscos financeiros relacionados ao clima, para que as jurisdições considerem.

Embora o Comitê de Basileia não tenha autoridade internacional nem poderes de execução, seu trabalho sobre o clima define padrões internacionais que têm forte influência na formulação de regras nacionais.

Analistas dizem que seu pensamento está mais alinhado ao dos reguladores europeus e britânicos, que estão tomando medidas para integrar os riscos climáticos às expectativas de supervisão dos bancos.

Nos EUA, porém, nos últimos anos o Federal Reserve tomou algumas medidas para integrar as mudanças climáticas em seu trabalho por meio de análises e relatórios preliminares, mas o chair Jerome Powell insistiu repetidamente que o Fed tem um papel limitado a desempenhar.

Mais recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, e outros republicanos céticos em relação ao clima lideraram uma reação contra políticas ligadas a questões ambientais, sociais e de governança em todo o governo, de mineração de carvão até veículos elétricos.

Em janeiro, o Fed se retirou da Rede de Bancos Centrais e Supervisores para Tornar o Sistema Financeiro Mais Verde (NGFS, na sigla em inglês), um órgão global de bancos centrais e reguladores dedicados a explorar maneiras de policiar o risco climático no sistema financeiro.

Em março, o gabinete do Controlador da Moeda do Departamento do Tesouro dos EUA retirou-se de um conjunto de princípios climáticos acordados em conjunto para grandes bancos dos EUA, chamando a estrutura de “excessivamente onerosa e duplicada”.

O escritório de advocacia Mayer Brown disse em abril que espera que o FDIC — agência independente dos EUA que fornece seguro para depósitos em bancos — e o Fed se retirem dos princípios climáticos conjuntos em um futuro próximo.

(Reportagem de Virginia Furness)

 

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