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Presidente da COP30 cita limites das cúpulas climáticas globais

Homem com cabelo grisalho e barba, pensativo enquanto está em uma conferência. O fundo apresenta símbolos da ONU, indicando um contexto diplomático.

Por Manuela Andreoni e Lisandra Paraguassu

(Reuters) – Após décadas de cúpulas climáticas da Organização das Nações Unidas, o modelo de reunir líderes mundiais para negociar acordos sob regras complexas está começando a mostrar seus limites, disse o presidente da próxima cúpula, o diplomata brasileiro André Corrêa do Lago.

“O Acordo de Paris está funcionando, mas há muito mais a ser feito”, escreveu ele em uma carta divulgada nesta segunda-feira, delineando a visão de sua presidência para a COP30 em Belém, em novembro.

Os negociadores do clima, segundo ele, devem fazer uma autocrítica e enfrentar a “percepção externa de que as negociações se arrastam por mais de três décadas com poucos

resultados efetivos”.

“Em vista da urgência climática, precisamos de uma ‘nova era’ para além das negociações: devemos ajudar a colocar em prática o que foi acordado”, escreveu ele.

Em uma coletiva de imprensa, Corrêa do Lago disse que as cúpulas realizadas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), o órgão da ONU que monitora o cumprimento do Acordo de Paris de 2015, são o melhor local existente para as negociações climáticas, mas há limites para o que elas podem alcançar.

Ele disse que, apesar de suas recomendações, o órgão não tem autoridade sobre as entidades destinadas a realizá-las.

Os retrocessos globais prejudicaram ainda mais a ação contra as mudanças climáticas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do Acordo de Paris e bloqueou fundos para ajudar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, forçando a Europa a aumentar os gastos com defesa com recursos que poderiam ter sido investidos em soluções climáticas.

Corrêa do Lago disse que o Brasil incentivará os países a usar outros encontros de líderes mundiais, como o G20 e as reuniões do Fundo Monetário Internacional, para pressionar por ações contra o aquecimento global.

O Brasil também pretende dar mais voz a outros atores, como grupos da sociedade civil e comunidades indígenas, disse ele.

Corrêa do Lago disse aos repórteres que convocará duas reuniões internacionais com líderes globais antes da COP30 para discutir as promessas dos países de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O prazo para apresentação de novas promessas terminou em fevereiro, mas apenas 13 países apresentaram suas contribuições.

 

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