thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

PGR defende ouvir representantes do X no Brasil em inquérito que envolve Musk

logotipo da rede social "x" em um prédio

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta terça-feira que a Polícia Federal tome o depoimento dos representantes no Brasil da rede social X no inquérito aberto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra o bilionário Elon Musk, dono da plataforma de rede social, por suspeita dos crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime.

“O Ministério Público Federal entende pertinente que os representantes legais da rede ‘X’ no Brasil sejam ouvidos para esclarecer se o Sr. Elon Musk detém, nos temos dos estatutos da empresa, atribuição para, sponte sua (por vontade própria), determinar a publicação de postagens na rede referida e se o fez, efetivamente, com relação a perfis vedados por determinação judicial brasileira em vigor”, disse Gonet em parecer enviado ao STF.

“Ainda, que sejam ouvidos para que possam dizer se a empresa realizou algum levantamento do bloqueio de perfil até agora suspenso por determinação judicial. Se isso ocorreu, que informem quem competente para tanto no âmbito da empresa determinou o ato”, acrescentou o procurador-geral.

Gonet disse que gostaria de saber se houve suspensão do bloqueio de contas do X determinado por ordem do Supremo, e que o X informe os perfis proscritos que voltaram a se tornar operantes, caso tenham sido reabilitados.

No fim de semana, o dono do X desafiou decisões judiciais que determinavam o bloqueio de contas da plataforma no Brasil, levando o STF a se posicionar institucionalmente para reforçar que toda empresa em operação no país está sujeita às leis brasileiras.

Mais cedo nesta terça, Moraes rejeitou um pedido para que a subsidiária da X no Brasil não fosse alvo da investigação, dizendo que as alegações da empresa de que não é responsável pelas postagens revela “certo cinismo”.

Uma fonte da Polícia Federal disse que a corporação já começou a apuração e deve ouvir representantes da rede social no país em breve.

O caso tem gerado reação nos Três Poderes. Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticaram duramente as publicações de Musk, que chegou a chamar Moraes de “ditador” e dizer que o ministro do STF tem Lula “na coleira”.

O Supremo, por sua vez, deve retomar até o final de junho um julgamento de um recurso que discute a constitucionalidade do Marco Civil da Internet e aborda a responsabilização de plataformas de redes sociais, segundo manifestação do ministro Dias Toffoli, relator do caso no tribunal. O presidente do STF já se posicionou institucionalmente reforçando que toda empresa em operação no país está sujeita às leis brasileiras.

No Congresso, voltou a pressão para se votar o chamado PL das Fake News, que está parado desde o ano passado após forte pressão das big techs. Após reunião de líderes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não há apoio para votar a proposta, mas será criado um grupo de trabalho para rediscutir o assunto do início.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Homem concentrado trabalhando em um computador, com um smartphone em primeiro plano, em um ambiente bem iluminado.

Regulamentação das Bets: o que já foi feito e o que ainda falta

A Lei nº 13.756/2018 autorizou a exploração da modalidade de apostas esportivas de quota fixa, ou seja, aquela em que o apostador sabe, antecipadamente, o valor do prêmio que irá receber. Todavia, a efetiva regulamentação da lei — que detalharia como esse mercado deveria operar nos âmbitos fiscal, tributário e

Vista panorâmica do Congresso Nacional em Brasília, com o icônico Palácio do Planalto e as torres de vidro ao fundo, sob um céu claro.

Governo avalia mudar leis para reduzir fluxo de precatórios de servidores e Previdência

Por Bernardo Caram BRASÍLIA (Reuters) – O governo avalia propor ao Congresso Nacional mudanças em leis que considera ter distorções e geram alto fluxo de processos judiciais e expedição de precatórios nas áreas de Previdência e folha de pagamentos de servidores públicos, disse nesta quinta-feira o secretário-executivo do Ministério do

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.