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Carregamento de petróleo na Venezuela diminui e navios dão meia-volta após interceptações dos EUA

Manifestantes durante protesto segurando a bandeira nacional da Venezuela em uma manifestação ao ar livre

Por Marianna Parraga

22 Dez (Reuters) – O carregamento de petroleiros na Venezuela diminuiu nesta segunda-feira, com a maioria dos navios transportando cargas de petróleo apenas entre portos domésticos após ações dos Estados Unidos contra mais dois navios, enquanto a empresa estatal de energia PDVSA luta para se recuperar de um ataque cibernético, mostraram dados e fontes de rastreamento.

A Guarda Costeira dos EUA apreendeu neste mês um superpetroleiro sob sanções que transportava petróleo venezuelano e tentou interceptar mais dois navios relacionados à Venezuela no fim de semana, informaram autoridades norte-americanas. Um deles é um navio vazio sob sanções dos EUA e o outro é um petroleiro não sancionado e totalmente carregado com destino à China.

Washington não forneceu informações atualizadas sobre os navios. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada um bloqueio de todos os petroleiros sob sanções que entram e saem da Venezuela.

A campanha de pressão de Trump sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro incluiu um aumento da presença militar na região e mais de duas dúzias de ataques militares a embarcações que os EUA alegam estar transportando drogas no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe, perto da nação sul-americana. Pelo menos 100 pessoas foram mortas.

As interceptações de embarcações representaram o golpe mais duro para a PDVSA desde 2020, quando o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções às antigas empresas de comércio de petróleo da companhia, duas unidades da Rosneft da Rússia, o que levou a cortes na produção e na exportação.

Os futuros do petróleo Brent subiram 2,17%, para US$61,78 o barril nesta segunda-feira, enquanto o petróleo WTI dos EUA subiu 2,2%, para US$57,77, em meio às ações dos EUA e à guerra da Rússia contra a Ucrânia, aumentando temores de interrupções no fornecimento.

Até esta segunda-feira, a PDVSA havia entregue uma carga de 1,9 milhão de barris de petróleo pesado ao navio sancionado Azure Voyager, de bandeira de Aruba, no porto de José, mas nenhum outro carregamento de superpetroleiro com destino à Ásia estava previsto para breve, mostraram documentos internos da empresa.

O número de navios-tanque carregados que não partiram aumentou nos últimos dias, deixando milhões de barris de petróleo venezuelano presos nos navios, enquanto clientes exigem descontos e mudanças de contrato para realizar viagens arriscadas para além das águas do país.

A PDVSA está restaurando lentamente alguns sistemas online e recorrendo a registros escritos após um ataque cibernético na semana passada. A empresa não conseguiu restabelecer totalmente seu sistema administrativo centralizado, e muitos trabalhadores não receberam seus salários em dia, disseram fontes.

A PDVSA e o Ministério do Petróleo da Venezuela não responderam a pedidos de comentários. O ministro das Relações Exteriores do país, Yvan Gil, disse nesta segunda-feira que as apreensões dos EUA contrariam o direito internacional e constituem “atos de pirataria”.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta segunda-feira que as recentes interceptações dos EUA configuram grave violação do direito internacional.

A principal parceira de joint-venture da PDVSA, a Chevron, exportou uma carga de 500.000 barris de petróleo venezuelano no domingo, com destino à Costa do Golfo dos EUA em um de seus navios-tanque com autorização dos EUA, segundo dados de navios da LSEG.

A Chevron exportou sete cargas de petróleo venezuelano para os EUA neste mês, cada uma transportando entre 300.000 e 500.000 barris, de acordo com dados de monitoramento.

(Reportagem de Marianna Parraga e equipe da Reuters)

 

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