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Petrobras planeja entrar no segmento de produção de biometano, diz diretor

Imagem de um homem com óculos, em um ambiente moderno, possivelmente durante evento direcionado ao setor de energia. Ele parece estar em uma conversa relevante sobre desenvolvimento sustentável.

Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras conversa com possíveis parceiros para potencial construção de novas plantas industriais para produzir biometano, disse nesta segunda-feira o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa, Maurício Tolmasquim, em entrevista a jornalistas.

A iniciativa ocorre enquanto a companhia vê oportunidades a partir da criação da nova Lei Combustível do Futuro, sancionada em outubro passado e que criou um mandato para incentivar o uso do biometano no país. A Petrobras também lançou nesta segunda-feira a primeira chamada pública para contratar o insumo.

O biometano é um gás de origem renovável que serve como substituto do gás natural, e que vem ganhando mais atenção diante da agenda de transição energética. Ele resulta do processamento do biogás, que por sua vez é obtido de resíduos orgânicos urbanos e agropecuários, como de aterros sanitários e da indústria processadora de cana-de-açúcar.

“Com este mercado que está surgindo, nós também estamos querendo produzir o biometano, não só sozinhos, mas em parceria com algumas empresas que já estão no mercado; e que a gente possa crescer com elas. Nós estamos conversando com algumas empresas e a gente colocaria capital, investimento, capex, para construir novas plantas”, afirmou Tolmasquim, sem dar mais detalhes sobre potenciais projetos.

“No fundo, a Petrobras vai estar dos dois lados, do lado da demanda por conta do mandato e estamos entrando no lado da oferta com essas plantas que a gente vai colocar.”

Recentemente, a Petrobras também anunciou sua decisão de entrar no mercado de etanol, após publicar seu plano estratégico para o período 2025-2029, que fortaleceu o foco em biocombustíveis, enquanto retirou de suas prioridades eventuais projetos de geração de energia eólica offshore (marítima).

Tolmasquim apontou como um dos desafios para entrar em projetos de biometano o fato de que é ainda um mercado “pulverizado”.

“Nós somos grandes, estamos acostumados a trabalhar com parceiros grandes, com projetos grandes… esse é um desafio que está sendo colocado aqui para nós, para a própria equipe, como lidar com projetos menores, como lidar com parceiros certamente menores”, afirmou.

O diretor ponderou, no entanto, acreditar que o mercado de biometano vai crescer, justamente pela criação do mandato. Ele adicionou que, mesmo participando da construção de novas plantas, a Petrobras “certamente” demandará biometano de terceiros, porque a petroleira não terá plantas suficientes para atender a própria demanda.

Conforme as regras aprovadas na nova lei, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%.

Para a chamada pública lançada nesta segunda-feira, a Petrobras prevê demanda inicial em 2026 de cerca de 700 mil metros cúbicos por dia, para atender ao mandato.

A chamada também aceitará propostas para a compra de certificados de garantia de origem, o que viabiliza a participação de produtores em pequena escala ou aqueles instalados em locais em que não exista possibilidade logística para a entrega nos pontos aceitos pela Petrobras.

(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)

 

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