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OMC pede que EUA e China reduzam tensões e faz alerta sobre crescimento global

Mulher africana idosa, usando roupas tradicionais e uma headwrap azul, sentada à mesa durante uma reunião oficial, com uma bandeira ao fundo.

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) – A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, disse que está pedindo aos EUA e à China que diminuam as tensões comerciais, alertando que uma dissociação entre as duas maiores economias do mundo poderia reduzir a produção econômica global em 7% no longo prazo.

Okonjo-Iweala disse à Reuters em uma entrevista que o órgão comercial global estava extremamente preocupado com o último aumento nas tensões comerciais entre os EUA e a China e que conversou com autoridades de ambos os países para incentivar o diálogo.

“Estamos obviamente preocupados com qualquer escalada nas tensões entre os EUA e a China”, disse ela, observando que os dois lados recuaram na primeira escalada tarifária no início deste ano, evitando consequências mais sérias. Ela espera que isso aconteça novamente.

“Da mesma forma, realmente esperamos que os dois lados se unam e diminuam a tensão, porque quaisquer tensões e desvinculação entre EUA e China teriam implicações não apenas para as duas maiores economias do mundo, mas também para o resto do mundo”, disse.

Ambos os lados, disse Okonjo-Iweala, entendem a importância de boas relações, dadas as implicações para a economia global e para outros países.

Qualquer tipo de dissociação que divida o mundo em dois blocos comerciais resultaria em “perdas significativas do PIB global no longo prazo — perdas de até 7% do PIB global e perdas de bem-estar de dois dígitos para os países em desenvolvimento”, afirmou.

ESCALADA DAS TENSÕES

Na semana passada, a OMC reduziu drasticamente sua previsão de crescimento do volume do comércio global de mercadorias para 2026, de 1,8% em agosto para 0,5%, citando impactos tardios esperados das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. A OMC elevou sua previsão de crescimento do comércio global de mercadorias para 2,4% em 2025.

Essas previsões foram divulgadas antes que a relativa calma dos últimos meses fosse quebrada na semana passada, quando a China impôs novos controles de exportação de metais de terras raras necessários para o setor de tecnologia, e Trump respondeu impondo novas taxas de 100% sobre as importações chinesas a partir do mês que vem.

Okonjo-Iweala disse a autoridades do G20, o grupo das 20 maiores economias, na noite de quarta-feira, que não poderia haver estabilidade financeira global sem estabilidade comercial global.

“As pressões sobre o sistema não diminuíram e podem se intensificar”, disse ela ao grupo. “Os efeitos completos das tarifas recentes ainda não foram sentidos. O desvio de comércio está alimentando o sentimento protecionista em outros lugares. E a escalada das tensões entre os Estados Unidos e a China continua sendo um risco sério.”

(Reportagem de Andrea Shalal)

 

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