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Michael Bloomberg anuncia financiamento a órgão climático da ONU após retirada de Trump

Michael Bloomberg em uma conferência, gesticulando durante seu discurso. Ele é conhecido por sua atuação na política e negócios.

Por Valerie Volcovici

WASHINGTON (Reuters) – O braço filantrópico do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg disse nesta quinta-feira que fornecerá fundos para ajudar a cobrir a contribuição dos Estados Unidos ao orçamento do órgão climático da Organização das Nações Unidas (ONU), preenchendo uma lacuna deixada pelo presidente Donald Trump.

O novo presidente anunciou, após assumir o cargo na segunda-feira, que retirará os EUA do Acordo de Paris e acabará com o financiamento climático internacional do país. Trump já havia retirado os EUA do acordo em seu primeiro mandato na Casa Branca, de 2017 a 2021.

Bloomberg é um bilionário da mídia que também atua como enviado especial da ONU para as mudanças climáticas.

“A Bloomberg Philanthropies e outros financiadores climáticos dos EUA garantirão que os Estados Unidos cumpram suas obrigações climáticas globais”, disse a organização em um comunicado, acrescentando que isso inclui a cobertura do valor que os EUA devem anualmente à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

A Bloomberg Philanthropies não forneceu detalhes sobre os valores do financiamento ou quem são os outros financiadores.

A UNFCCC é o principal órgão climático da ONU e conduz negociações climáticas anuais entre quase 200 países, além de ajuadar a implementar os acordos feitos nessas negociações – o maior deles é o Acordo de Paris de 2015.

Michael Bloomberg também se comprometeu a trabalhar com Estados, cidades e empresas para garantir que os EUA permaneçam no caminho certo com suas obrigações climáticas globais.

“De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, Estados, empresas e o público enfrentaram o desafio de manter os compromissos de nossa nação – e agora, estamos prontos para fazê-lo novamente”, disse ele na declaração.

Os EUA são responsáveis pelo financiamento de cerca de 21% do orçamento principal da UNFCCC. No ano passado, o país pagou uma contribuição obrigatória de 7,2 milhões de euros para 2024 e também pagou um atraso de 3,4 milhões de euros referente a contribuições não realizadas entre 2010 e 2023.

Uma análise da Reuters sobre os documentos da UNFCCC no ano passado revelou que o órgão da ONU está sofrendo um grave déficit orçamentário, o que, segundo os diplomatas, começou a atrapalhar parte do diálogo mundial sobre o clima.

“Apreciamos profundamente o generoso apoio da Bloomberg Philanthropies e a liderança demonstrada por Mike Bloomberg”, disse o chefe climático da ONU, Simon Stiell, em um comunicado.

 

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