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Itamaraty e embaixada dos EUA criam grupo de trabalho sobre voos de brasileiros deportados

Passageiros em um aeroporto seguindo para a entrada errada com sinalização de 'Sentido Proibido' e presença de agentes de segurança.

BRASÍLIA (Reuters) -O Ministério das Relações Exteriores e a embaixada dos Estados Unidos no Brasil fecharam acordo para criar um grupo de trabalho para tratar dos voos de brasileiros deportados dos EUA, informou o Itamaraty nesta quarta-feira, depois que o governo brasileiro denunciou o que chamou de “tratamento degradante” aos passageiros em voo que chegou ao país na semana passada.

Segundo publicação do Itamaraty na rede social X, o grupo de trabalho irá “trocar informações e aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros, garantindo a segurança e o tratamento digno e respeitoso dos passageiros”.

Na segunda-feira, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou para conversas o encarregado de Negócios da embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar, depois dos problemas no voo de deportação.

Escobar, que assumiu o posto na semana passada, foi recebido pela secretária de Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro. De acordo com uma fonte diplomática, a conversa teve a intenção de resolver os problemas causados pelo voo, no qual os deportados viajaram algemados e, segundo eles, não tiveram permissão para ir ao banheiro, em uma aeronave com problemas mecânicos.

Mais cedo nesta quarta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o chanceler Mauro Vieira havia recebido a tarefa do governo de buscar um novo acordo com os EUA sobre a deportação de imigrantes brasileiros ilegais.

“Com relação aos deportados, o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, saiu com a incumbência de negociar um novo acordo com as autoridades norte-americanas para que os brasileiros que sejam deportados agora venham com o mínimo de dignidade, que seus direitos fundamentais sejam respeitados”, disse Lewandowski em coletiva de imprensa, referindo-se à tarefa atribuída ao chanceler em reunião com o presidente Lula.

Segundo o ministro da Justiça, sua pasta irá acompanhar a chegada dos deportados, por meio da Polícia Federal, da mesma forma que vem atuando com relação a qualquer pessoa que ingressa no território nacional, o que inclui triagem e todo o processo de imigração.

O Ministério dos Direitos Humanos ficou encarregado de montar um centro de acolhimento no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, acrescentou Lewandowski.

ACOLHIDA

Em relação à Operação Acolhida, montada para recepção a imigrantes venezuelanos em Roraima, Lewandowski explicou que o governo chegou a considerar uma suspensão das atividades da operação, diante da decisão do governo norte-americano de interromper o repasse de recursos para agências da ONU, inclusive a Organização Internacional de Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o que causou “um baque muito grande”, nas palavras do ministro.

Mas a ideia do governo brasileiro, segundo ele, é buscar recursos de outras fontes para que os venezuelanos possam ser recebidos com tratamento digno.

“Não temos ainda os recursos definidos e nem o pessoal necessário, mas todos os ministérios envolvidos, sobretudo o Ministério da Defesa, o próprio Exército e nós mesmos, vamos fazer o possível para que possamos receber os venezuelanos condignamente”, afirmou.

(Reportagem de Ricardo Brito e Lisandra ParaguassuTexto de Maria Carolina MarcelloEdição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)

 

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