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Haddad diz que plano de contingência para tarifa dos EUA inclui socorro a empresas e medidas estruturais

Imagem de um político brasileiro falando em um palanque, vestindo terno azul, camisa branca e gravata rosa, durante discurso em evento oficial.

BRASÍLIA (Reuters) – O plano de contingência do governo federal para fazer frente à anunciada tarifa dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros inclui medidas de socorro a empresas duramente afetadas, mas também iniciativas estruturais para facilitar exportações, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira.

Em entrevista à CNN Brasil, Haddad ponderou que a adoção das medidas dependerá de decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acrescentando que uma aplicação de isenções fiscais para empresas não está em consideração.

O ministro disse que Lula encomendou um “cardápio” de propostas de curto, médio e longo prazos. A maior parte do plano em análise precisa passar por validação do Congresso Nacional, segundo ele.

“São medidas justificáveis e muito prudentes, eu diria, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista das contas públicas. Então, na minha opinião, não vai faltar apoio do Congresso Nacional”, disse.

“Tem algumas que são até estruturantes, no sentido de fortalecer exportações, de reformular alguns programas de governo voltados à pauta de exportação de pequenas, médias e grandes empresas, diversificar parcerias comerciais.”

O ministro argumentou que não pode antecipar o conjunto de medidas a ser adotado porque não há clareza sobre qual movimento exato será feito pelos Estados Unidos.

Em relação aos efeitos já observados na economia com a iminência da aplicação da tarifa, Haddad disse que pode haver uma surpresa na inflação, citando que itens de setores afetados pela iniciativa, como carnes e frutas, já apresentam redução de preços.

O presidente Donald Trump anunciou no início do mês que os EUA passarão a cobrar tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Desde então, o governo federal vem relatando dificuldade em estabelecer uma negociação sólida com autoridades norte-americanas.

Na entrevista, Haddad afirmou que os canais de diálogo entre os dois países estão sendo desobstruídos “vagarosamente”. Ele também disse que pediu uma conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, tendo recebido resposta de que a conversa poderá acontecer.

PAPELÃO

Ele ainda defendeu ser preciso ter cautela em relação a um possível telefonema entre o presidente Lula e Trump para discutir o tema.

“Se houver uma reunião entre os presidentes, um telefonema entre os presidentes, nós temos que ter segurança que não vai acontecer com o presidente Lula o que aconteceu com o Zelenskiy, que passou um papelão na Casa Branca”, disse Haddad referindo-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

Em fevereiro, Trump e Zelenskiy trocaram farpas durante uma reunião na Casa Branca que tinha como objetivo ajudar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, mas que terminou em uma discussão transmitida ao vivo pela mídia norte-americana.

 

(Por Bernardo Caram e Victor Borges)

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