Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) – Brasil abriu 130.097 vagas formais de trabalho em novembro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de criação líquida de 142.841 empregos, e representou queda frente ao saldo positivo de 188.409 de outubro — dado revisado ante 190.366 informados anteriormente.
No mês passado, o país registrou 1,867 milhão de admissões e 1,737 milhão de desligamentos no mercado de trabalho formal.
De janeiro a novembro, o Brasil acumula saldo positivo de 1,914 milhão de empregos formais, bem abaixo do superávit de 2,469 milhões visto no mesmo período do ano passado, segundo a série com ajustes.
Em novembro, houve saldo positivo de vagas em apenas dois dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas no mês com criação de 92.620 postos no setor de serviços e 88.706 no comércio.
Por outro lado, houve saldo negativo de 12.911 empregos formais na indústria, 17.300 na construção e 21.017 na agropecuária, desempenho que o ministério atribuiu a “impacto sazonal”.
Na indústria, os maiores saldos negativos foram na fabricação de álcool (-4.270), na fabricação de calçados (-3.429) e na fabricação de açúcar bruto (-3.064). Já na construção civil, o impacto veio de fechamentos de vagas na construção de edifícios (-5.022) e na construção de rodovias e ferrovias (-4.917).
Na agropecuária, as maiores reduções foram nos cultivos de cana-de-açúcar (-5.332).
Vinte e três das 27 Unidades Federativas registraram saldos positivos em novembro, com São Paulo na liderança com 47.273 postos criados. Na ponta oposta, Goiás teve o menor saldo, com fechamento de 7.073 vagas de trabalho formais.
No mês passado, o salário médio real de admissão caiu marginalmente para 2.021,73 reais, ante 2.031,36 reais em setembro, mostrou a série sem ajustes.