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Governo estuda destinar R$30 bi do BNDES para apoio a empresas afetadas por tarifas dos EUA, dizem fontes

Homem vestindo terno na cerimônia de premiação, ao lado de um pódio com o logo do BNDES, durante evento oficial.

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O governo brasileiro estuda destinar cerca de R$30 bilhões em crédito com condições diferenciadas para apoiar empresas nacionais impactadas pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos, disseram nesta quinta-feira três fontes com conhecimento direto das discussões.

Os recursos viriam do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), administrado pelo BNDES. Segundo as fontes, o fundo possui atualmente cerca de R$50 bilhões, é superavitário e tem sido pouco utilizado nos últimos anos.

“Esse é um fundo superavitário e líquido. A demanda pela garantia FGE caiu muito nos últimos anos”, disse uma das fontes. “Os detalhes estão sendo definidos e devem sair até a semana que vem”, acrescentou.

O plano prevê que os tomadores dos empréstimos com condições especiais terão que manter os empregos, como contrapartida para o acesso aos recursos.

“O objetivo central dessa linha é preservar empregos e evitar demissões”, disse uma das fontes. “Usualmente (a exigência de manutenção dos empregos) se dá pelo prazo da linha. Até que ela seja amortizada, o compromisso existe”, acrescentou a fonte sob a condição de anonimato.

Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse que o plano de contingência do governo para enfrentar as tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros deve ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a próxima terça-feira.

Trump impôs uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, com níveis mais baixos para setores como aeronaves, energia e suco de laranja, vinculando a medida ao que ele chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado que é réu em um processo por tentativa de golpe de Estado para anular sua derrota nas eleições de 2022.

Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, a expectativa é que o crédito seja oferecido com juros reduzidos e prazo de carência. Os detalhes dessa linha com recursos do FGE ainda estão sendo debatidos, mas a ideia é que as micro, médias e pequenas empresas tenham condições de juros diferenciadas.

“Devem ser juros menores para MPMEs e um pouco maiores para grandes empresas”, disse uma das fontes.

Além do uso do FGE, outros programas de crédito estão sendo desenhados pelo governo, segundo duas das fontes. Um dos programas seria voltado para o agronegócio brasileiro, um dos setores mais dinâmicos da economia nacional.

O BNDES adotou em 2024 um programa emergencial de socorro ao Rio Grande do Sul após o Estado ser afetado por fortes chuvas em abril daquele ano.

Segundo o banco de fomento, de junho de 2024 até abril deste ano, o BNDES aprovou R$32,4 bilhões à recuperação econômica do Rio Grande do Sul. O valor corresponde a 29% do total destinado pelo governo federal às medidas emergenciais.

 

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