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Governo dos EUA acusa a UCLA de violar lei federal de direitos civis

Imagem da fachada do Department of Justice com letras em relevo visíveis na parede de pedra de cor cinza.

Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alegou, nesta terça-feira, que a Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, não conseguiu evitar um ambiente hostil a estudantes judeus e israelenses desde que os protestos no campus eclodiram após o início da atual guerra de Israel em Gaza.

O Departamento de Justiça alegou que a UCLA violou a lei federal de direitos civis. A universidade não fez comentários imediatos.

O governo dos EUA tem investigado várias universidades, incluindo a UCLA, por sua atuação diante dos protestos pró-palestinos do ano passado contra a investida militar de Israel em Gaza, que se seguiu a um ataque do Hamas em outubro de 2023.

O governo do presidente Donald Trump ameaçou congelar o financiamento federal das universidades americanas devido aos protestos. Defensores dos direitos humanos levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão, a liberdade acadêmica e o devido processo legal.

O governo alega que as universidades, incluindo a UCLA, não controlaram o antissemitismo durante as manifestações. Trump rotulou repetidamente as pessoas que protestaram a favor dos palestinos como antissemitas e apoiadores do extremismo.

Os manifestantes dizem que o governo equipara erroneamente a crítica à ocupação israelense dos territórios palestinos ao antissemitismo, e a defesa dos direitos palestinos ao apoio ao extremismo.

Os protestos exigiam o fim do apoio dos EUA a Israel e o compromisso de que suas universidades deixassem de investir em fabricantes de armas e empresas que apoiam a ocupação dos territórios palestinos por Israel.

Defensores dos direitos humanos observaram um aumento do antissemitismo, da islamofobia e do preconceito antiárabe nos EUA em meio à guerra de Israel em Gaza, aliada de Washington.

RESOLUÇÃO VOLUNTÁRIA

Nesta terça-feira, a UCLA concordou em pagar mais de US$6 milhões para encerrar uma ação judicial movida por estudantes e um professor que alegaram antissemitismo.

Preocupações com incidentes antipalestinos também foram levantadas na UCLA na primavera de 2024, quando uma multidão pró-israelense invadiu e atacou o acampamento de manifestantes pró-palestinos com paus e bastões em um dos incidentes mais violentos dos protestos.

Na segunda-feira, os promotores disseram que um homem acusado de crime de ódio por seu papel na ocasião entrou em um acordo para evitar a pena de prisão, marcando o fim do único caso de crime relacionado àquele ataque.

Dezenas de pessoas foram presas durante os protestos no acampamento da UCLA. O então chefe de polícia da UCLA, John Thomas, deixou o departamento de polícia do campus no ano passado.

O Departamento de Justiça disse que agora busca um acordo de resolução voluntária com a UCLA “para garantir que o ambiente hostil seja eliminado e que medidas razoáveis sejam tomadas para evitar sua recorrência”.

Na semana passada, a Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, disse que pagará mais de US$200 milhões ao governo dos EUA em um acordo com a administração Trump para encerrar investigações federais e ter a maior parte de seu financiamento federal restaurado.

(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)

 

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