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Gabão assina acordo histórico de financiamento climático para florestas tropicais do Congo

Imagem de uma vasta floresta tropical com árvores verdes densas e céu parcialmente nublado, destacando nativo do Brasil e biodiversidade.

Por Marc Jones

LONDRES (Reuters) – O governo do Gabão e uma coalizão de doadores assinaram um acordo com o objetivo de proteger 34.000 km² das florestas tropicais da Bacia do Congo.

Batizado de “Gabão Infinito”, o plano combinará US$94 milhões em doações de entidades como o Fundo Global para o Meio Ambiente e o Fundo Bezos para a Terra com US$86 milhões em financiamento governamental ao longo de um período de 10 anos.

O objetivo é financiar novos parques nacionais, combater a caça ilegal de elefantes e impulsionar o ecoturismo utilizando o modelo conhecido como “Financiamento de Projetos para a Permanência” (PFP, na sigla em inglês) — uma abordagem que vincula o desembolso de recursos a mudanças importantes nas políticas governamentais.

O modelo está ganhando popularidade. O Brasil anunciou um acordo semelhante na segunda-feira, abrangendo quase 243.000 km² da floresta amazônica, enquanto o Quênia e a Namíbia também estão em processo de finalização de acordos.

O Gabão representa uma âncora ecológica crucial dentro da vasta Bacia do Congo. Quase 90% de seu território é coberto por floresta tropical, lar de mais da metade dos elefantes da floresta africana remanescentes no mundo, bem como de um quarto dos gorilas das planícies ocidentais sobreviventes.

O novo plano se baseia em uma “troca de dívida por natureza” concluída poucas semanas antes de um golpe militar em 2023. De acordo com esse acordo, o Gabão refinanciou US$500 milhões em empréstimos com um novo título que reserva alguns fundos para a preservação do litoral.

A preocupação com as finanças do país voltou a crescer. Um projeto de orçamento para 2026 aprovado em setembro planeja quase dobrar os gastos do governo no próximo ano. As agências de recomendação de crédito alertaram que a relação da dívida sobre o PIB aumentará para quase 90%, em comparação com 73% no final do ano passado.

O ex-ministro Maurice Ntossui Allogo, que está supervisionando o novo plano de conservação, disse que o acordo da Carta de Intenções de terça-feira foi “um marco decisivo” para a iniciativa de conservação do Gabão.

Ryan Demmy Bidwell, da organização sem fins lucrativos The Nature Conservancy (TNC), que tem trabalhado ao lado do governo, disse que a importância do Gabão é o fato de que quase 90% do país é coberto por florestas intactas.

O projeto Infini levará à criação de novos parques nacionais e outras áreas protegidas, acrescentou ele, de modo que 30% de suas florestas tropicais sejam cobertas, em comparação com cerca de 15% atualmente.

“Esperamos que o Gabão sirva de modelo para outros países da bacia do Congo e de outras partes da África”, disse Bidwell.

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