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Estratégia da Petrobras evita repasse de volatidades do petróleo, diz CEO após alta do petróleo

Estratégia da Petrobras evita repasse de volatidades do petróleo, diz CEO após alta do petróleo

Estratégia da Petrobras evita repasse de volatidades do petróleo

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – Com sua estratégia comercial, a Petrobras tem conseguido proporcionar estabilidade de preços de combustíveis aos brasileiros em ambiente de volatilidade externa diante do conflito no Oriente Médio, disse nesta quinta-feira a presidente da companhia, Magda Chambriard.

Em entrevista à Reuters, a executiva afirmou que essa estabilidade é possível com estratégia da Petrobras que passou a incorporar “suas melhores condições de produção e logística para a definição dos preços seus de venda de gasolina e diesel às distribuidoras”.

Essa política comercial, na visão de executiva, permite à empresa minimizar a volatilidade de preços, especialmente em momentos de alta do barril do petróleo como os registrados recentemente, com o conflito no Oriente Médio fazendo os preços do petróleo dispararem após um período de queda.

“Isso nos permite praticar preços competitivos frente a outras alternativas de suprimento e mitigar a volatilidade do mercado internacional”, afirmou ela.

Os preços do petróleo Brent, uma das variáveis acompanhadas pela Petrobras para definir a valor das vendas de diesel e gasolina, saltaram 5% nesta quinta-feira, para fechar a 77,62 dólares o barril, diante de preocupações de que o conflito regional crescente no Oriente Médio possa interromper fluxos globais de petróleo.

A Petrobras mexeu no preço da gasolina pela última vez em julho, ao elevar em cerca de 7% o valor para as distribuidoras, no primeiro ajuste em oito meses. No diesel, a companhia não alterou as cotações às distribuidoras este ano.

Ela lembrou, citando o diretor de Logística Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, que no passado a Petrobras já praticou reajustes diários, passando toda a volatilidade das cotações internacionais e do câmbio para os preços internos.

“Hoje, isso não ocorre. Nós consideramos nossas melhores condições de produção nacional de petróleo, parque de refino, terminais, dutos, navios etc, para sermos competitivos com as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e, importante frisar, sem repassar o nervosismo diário das cotações internacionais e do câmbio”, destacou.

Ela ressalvou, contudo, que a Petrobras segue observando “os eventos recentes e eventuais desdobramentos sobre os fundamentos de mercado”, ao comentar o conflito entre Israel e Irã e sua influência nos preços internacionais.

Mas disse que, “por questões concorrenciais, não pode antecipar suas decisões”.

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

 

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