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Emissora dos Jogos Olímpicos adota IA, mas segue cautelosa com deepfakes

logo dos jogos de paris de 2024

Por Richa Naidu

LONDRES (Reuters) – Como parte de um esforço do Comitê Olímpico Internacional para adotar a inteligência artificial (IA) em Paris, a emissora dos Jogos está intensificando o uso da tecnologia, mas sem abandonar preocupações com o risco de “deepfakes”.

A Olympic Broadcasting Services (OBS), responsável pela cobertura televisiva, radiofônica e digital ao vivo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos depois vendida aos clientes, começou a usar a IA nos Jogos de Inverno de PyeongChang em 2018.

“Em Paris, levaremos isso a um nível completamente diferente”, disse nesta sexta-feira Yiannis Exarchos, executivo-chefe da OBS à Reuters em um evento em Londres sobre o papel da IA nos Jogos de Paris 2024.

“Há uma variedade de aplicações, principalmente relacionadas ao aprimoramento da experiência do espectador, mas também à criação de eficiências significativas na forma como operamos.”

Exarchos disse que a OBS fez uma parceria com a gigante chinesa do varejo e patrocinadora olímpica Alibaba para usar IA para replays em 360 graus.

A OBS também está trabalhando com a relojoaria suíça Omega, cronometrista oficial dos Jogos de Paris, para “dados aprimorados… sejam explicações adicionais geradas por IA ou acompanhamento de atletas”.

A OBS também trabalha com a fabricante de chips Intel para gerar destaques rápidos originados por IA.

“As Olimpíadas têm uma enorme quantidade de conteúdo, portanto nossas emissoras poderão gerar destaques muito, muito rápidos de diferentes eventos por país, por atleta, por esporte, por humor e personalizar a experiência para o público, seja na televisão tradicional ou nas redes sociais”, disse Exarchos.

À medida que o uso da IA expande-se globalmente, também cresce a tecnologia conhecida como deepfake.

Deepfakes são mídias artificiais em que uma pessoa em uma imagem ou vídeo existente é substituída por outra pessoa (virtual) usando técnicas de IA. Em geral, são extremamente realistas, dificultando a distinção entre a mídia real e a manipulada.

Isso pode e tem levado a falsificação de identidade, fraude, chantagem e disseminação de desinformação e propaganda.

Questionado se o aprimoramento de vídeos poderia levar a falsificações, o executivo-chefe disse estar muito preocupado com a “adulteração da realidade” e que está concentrado na proteção contra deepfakes.

“Precisamos proteger totalmente a integridade da competição… isso seria um risco para os esportes”, disse Exarchos, que dirige a OBS desde 2012.

Os clientes de transmissão do serviço incluem algumas das maiores empresas de mídia do mundo, inclusive a NBC.

“Eles (os clientes da OBS) reconhecem que esse risco existe… estão tomando uma série de medidas para proteger o conteúdo olímpico de qualquer possibilidade do tipo”, acrescentou.

“As preocupações dos torcedores são muito legítimas. Acredito muito nas possibilidades da tecnologia, mas justamente por entender como a tecnologia pode estar errada, acho que todos nós precisamos estar atentos. Precisamos recorrer a fontes confiáveis para obter nossas informações.”

“Nas Olimpíadas, protegemos totalmente a autenticidade do vídeo, portanto não o adulteramos”, disse Exarchos, acrescentando que a proteção e o gerenciamento do conteúdo de propriedade do COI são “de extrema importância”.

(Reportagem de Richa Naidu)

 

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