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Dólar tem leve baixa em sessão volátil com mercado de olho em Trump

Imagem detalhada de notas de cem dólares, com foco na face de Benjamin Franklin. A nota é uma representação do patrimônio financeiro dos Estados Unidos.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista tinha leve baixa nesta sexta-feira, após ultrapassar 5,90 reais na abertura, com investidores se posicionando para a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas de importação sobre México e Canadá no sábado.

Às 10h03, o dólar à vista caía 0,16%, a 5,8441 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,17%, a 5,868 reais na venda.

As atenções dos mercados globais se voltavam mais uma vez nesta sessão para as ameaças tarifárias de Trump, que repetiu sua promessa na véspera de impor tarifas de 25% sobre as importações de México e Canadá a partir de sábado como uma punição pelo fluxo de migrantes ilegais e de carregamentos do opioide fentanil ao país.

O presidente ainda advertiu novamente os países membros do Brics, que inclui o Brasil, para que não substituam o dólar como moeda de reserva, repetindo uma ameaça de tarifas de 100% que ele havia feito semanas depois de vencer a eleição presidencial de novembro.

Uma vez que as tarifas têm potencial inflacionário para os EUA, segundo analistas, o que favoreceria a divisa dos EUA, o dólar abriu em forte alta no Brasil, em linha com seu movimento no exterior, atingindo a máxima de 5,9012 reais (+0,82%) logo na abertura.

“Se Trump realmente implementar essas tarifas, vai depender muito de como vai reagir a economia norte-americana. Se ela continuar forte, a valorização do dólar é inevitável”, disse Dyego Galdino, CEO da Global 360 Invest.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,13%, a 108,230.

Minutos após registrar a cotação máxima do dia, no entanto, o dólar devolveu todos os ganhos da sessão.

Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, dois fatores geravam a volatilidade no mercado de câmbio brasileiro: a disputa pela Ptax de fim de mês e a continuação de um movimento de correção de preços de ativos neste início de ano.

Taxa de câmbio calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa pela nona sessão consecutiva, a 5,8532 reais (-0,26%), a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, em movimento que tem corrigido o preço da moeda norte-americana após a forte disparada no fim do ano passado.

“Espero diversas alternâncias de sinal e muita volatilidade… Estamos em um consistente movimento de correção no câmbio e, com recesso parlamentar, medidas brandas do Trump, e também a boa recepção do mercado sobre o Copom, tem espaço para 5,80 reais”, disse Bergallo.

Na agenda macroeconômica, os investidores analisarão dados do índice PCE — a medida de inflação preferida do Federal Reserve — de dezembro, às 10h30, em busca de indícios sobre a trajetória da taxa de juros nos EUA.

O Fed manteve os juros inalterados na quarta-feira, após três cortes consecutivos, com o chair Jerome Powell indicando que as autoridades não têm pressa para reduzir os juros tão cedo.

(Edição de Paula Arend Laier e Isabel Versiani)

 

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