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Dólar sobe em linha com emergentes em meio a temores de guerra comercial após tarifas de Trump

Dólar sobe em linha com emergentes em meio a temores de guerra comercial após tarifas de Trump

Mãos segurando notas de cem dólares, representando transações financeiras e riqueza. A imagem ilustra a importância do dinheiro na economia.

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista subia ante o real nesta segunda-feira, em linha com outros mercados emergentes, à medida que os investidores demonstravam temores de uma guerra comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas no fim de semana sobre Canadá, México e China.

Às 9h20, o dólar à vista subia 0,54%, a 5,8669 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,58%, a 5,910 reais na venda.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a 5,8355 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado. Apesar do movimento contido em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta.

Trump confirmou no fim de semana as promessas feitas antes de sua posse e impôs tarifas de 25% sobre os produtos de México e Canadá e de 10% nas importações vindas da China, um movimento que gerou anúncios de medidas retaliatórias pelos países, além de preocupações com um conflito comercial mais amplo.

O presidente dos EUA ainda sinalizou que tarifas sobre a União Europeia podem ser anunciadas em breve. As taxas sobre México, Canadá e China entrarão em vigor na terça-feira.

Embora tenha encontro marcado para esta segunda com os líderes de Canadá e México, Trump minimizou a possibilidade de eles serem capazes de mudar seu pensamento.

Analistas têm apontado desde a campanha presidencial que os planos tarifários de Trump possuem uma série de efeitos negativos para países emergentes. Primeiramente, eles favorecem o dólar ao manter os rendimentos dos Treasuries elevados, uma vez que possuem potencial inflacionário.

Além disso, as tarifas, e uma consequente guerra comercial, também podem impactar o desempenho econômico de mercados importantes para países emergentes, como China e UE, o que influencia negativamente os ativos de economias como o Brasil.

“Essas tarifas são o principal fator de suporte aos preços. A expectativa inicial do mercado é de uma pressão inflacionária no curto prazo, o que também contribui para a alta das cotações”, disse Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Com isso, o dólar ainda disparava contra o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Na agenda macroeconômica do dia, os investidores avaliarão pesquisas sobre a atividade industrial no Brasil, às 10h, e nos EUA, às 11h45 e 12h.

Mais cedo, analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação ligeiramente mais alta ao fim deste ano e do próximo, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

(Por Fernando Cardoso)

 

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