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Dólar recua com novo alívio em tarifas e aumento da desconfiança em ativos dos EUA

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista recuava ante o real nesta segunda-feira, em linha com as quedas no exterior, à medida que investidores globais evitavam ativos norte-americanos em meio às incertezas sobre as políticas do governo Trump enquanto o mercado doméstico reagia com alívio à mais recente flexibilização nas tarifas dos Estados Unidos, apesar das sinalizações de novas taxas à frente.

Às 10h05, o dólar à vista caía 0,45%, a R$5,8436 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,37%, a R$5,860 na venda.

Os ganhos da moeda brasileira nesta sessão ocorriam na esteira das perdas amplas do dólar no exterior, com a divisa dos EUA recuando ante moedas fortes e pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Nos mercados emergentes, em particular, investidores demonstravam alívio com um novo recuo do presidente norte-americano, Donald Trump em seus planos tarifários, que tem gerado temores de uma guerra comercial global nas sessões desde de seu anúncio do “Dia da Libertação”, em 2 de abril.

A Casa Branca informou que concedeu exclusões tarifárias para uma série de produtos eletrônicos, como smartphones e computadores, o que inclui uma isenção em relação à tarifa de 125% sobre a China, o que beneficia empresas norte-americanas que têm produção no país asiático.

Trump, no entanto, sinalizou no domingo que planeja apresentar tarifas sobre chips semicondutores, indicando que as isenções sobre produtos eletrônicos terão duração curta.

Os mercados também estão na expectativa com o início de negociações tarifárias bilaterais com os EUA, com conversas entre autoridades norte-americanas e japonesas agendadas para quinta-feira.

De forma geral, analistas temem que a imposição de tarifas de forma ampla possa reacender a inflação global e provocar uma recessão em diversos países, e o vaivém do governo Trump tem gerado ansiedade nos mercados e posto em dúvida a confiança na moeda norte-americana.

Como consequência do alívio tarifário, moedas de países emergentes ainda eram beneficiadas por preços de commodities mais altos, como minério de ferro e petróleo, em reflexo das isenções e de dados positivos sobre a economia chinesa.

Os impactos da guerra tarifária sobre a segunda maior economia do mundo têm sido um fator de preocupação em mercados emergentes devido a sua dependência da demanda chinesa sobre suas commodities.

“As exportações das economias sul-americanas para os EUA são relativamente pequenas, limitando o impacto direto das tarifas. A maioria, no entanto, está exposta à demanda chinesa e aos preços das commodities“, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.

Alguns investidores também pareciam estar se desfazendo de ativos dos EUA, conforme aumentam as preocupações de que o país possa ser o maior prejudicado pelas tensões comerciais e os agentes perdem confiança na previsibilidade das políticas do país.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,30%, a 99,615.

A semana será marcada por uma série de dados econômicos ao redor do mundo, incluindo números de inflação na zona do euro e no Japão e de crescimento na China. O Banco Central Europeu ainda anunciará sua próxima decisão de política monetária na quinta-feira.

 

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