Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO, 22 Dez (Reuters) – O dólar iniciou a segunda-feira muito próximo da estabilidade no Brasil, à espera de notícias que possam direcionar a moeda norte-americana, que no exterior exibia baixas ante a maior parte das demais divisas.
Às 9h40, o dólar à vista cedia 0,08%, a R$5,5263 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — caía 0,41%, a R$5,5335.
A semana mais curta em função do Natal começa sem gatilhos fortes para a moeda norte-americana no Brasil, após o Congresso ter encerrado os trabalhos do ano na sexta-feira, com a aprovação do Orçamento para 2026.
O texto prevê um superávit primário de R$34,5 bilhões no próximo ano, ligeiramente acima da meta fiscal de R$34,3 bilhões, que equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O arcabouço fiscal define uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para que a meta fiscal seja considerada cumprida. No ano que vem, essa banda ficará entre déficit zero e superávit de R$68,5 bilhões.
Na manhã desta segunda-feira, o boletim Focus do Banco Central indicou que a mediana das projeções dos economistas do mercado para o resultado primário em 2026 seguiu apontando para um déficit de 0,60% do PIB.
Também no Focus, o dólar projetado para o fim de 2025 foi de R$5,40 para R$5,43, e para o fim de 2026 seguiu em R$5,50. A inflação calculada para este ano passou de 4,36% para 4,33% e para o próximo ano foi de 4,10% para 4,06%.
No exterior, o iene cedia ante moedas como o euro e o franco suíço, apesar de indicações de autoridades de que o Banco do Japão pode intervir no mercado, mas a divisa japonesa subia em relação ao dólar.
Às 9h40, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, incluindo o iene — cedia 0,23%, a 98,472.
(Edição de Camila Moreira e Pedro Fonseca)




