Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar iniciou a quarta-feira sem uma tendência firme ante o real, em meio ao avanço da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior, enquanto no Brasil os agentes seguem atentos aos esforços do governo para equilibrar o Orçamento.
Às 9h33, o dólar à vista caía 0,15%, aos R$5,3822 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,12%, a R$5,3940.
No exterior, o dólar sustentava ganhos ante uma cesta de moedas fortes após a libra ser penalizada por dados mostrando uma inflação abaixo das previsões no Reino Unido em setembro. Às 9h33 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, entre elas a libra — subia 0,09%, a 99,069.
Ainda assim a moeda norte-americana se mantinha próxima da estabilidade no Brasil, com o mercado à espera de gatilhos que possam definir mais claramente uma direção. Com a agenda de indicadores econômicos esvaziada, os agentes se voltam para Brasília, onde o governo trabalha no Orçamento para 2026.
Na terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Executivo enviaria ao Congresso ainda naquele dia dois projetos de lei tratando dos principais temas da medida provisória 1303, sobre tributação de aplicações financeiras.
A MP, considerada crucial pelo governo para equilibrar o Orçamento de 2026, perdeu a validade no início deste mês após ser retirada da pauta de votação da Câmara dos Deputados.
No entanto, a terça-feira terminou sem que as propostas fossem de fato apresentadas ao Congresso.
Às 11h30 desta quarta-feira, o Banco Central fará leilão de 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro. Às 14h30 o BC divulgará os dados do fluxo cambial do Brasil até 17 de outubro.
Na terça-feira o dólar à vista fechou com alta de 0,37%, aos R$5,3903.