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Dólar oscila pouco enquanto mercado aguarda plano de contingência contra tarifa dos EUA

Mão segurando várias notas de dinheiro de 100 dólares americanos, com foco na nota de Benjamin Franklin, símbolo de riqueza e economia.

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta quarta-feira, com os investidores à espera do anúncio do plano de contingência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para empresas afetadas pela tarifa comercial de 50% dos Estados Unidos, enquanto no exterior o foco segue em torno da perspectiva para o Federal Reserve.

Às 9h38, o dólar à vista caía 0,02%, a R$5,3854 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,19%, a R$5,418 na venda.

O destaque desta sessão será a apresentação pelo governo de uma medida provisória com linha de crédito de R$30 bilhões para ajudar empresas exportadoras afetadas pela tarifa dos EUA. Lula assinará a MP em cerimônia no Palácio do Planalto, às 11h30.

A expectativa pelo plano do Executivo tem permanecido na mente dos investidores desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor a taxa punitiva sobre produtos brasileiros em julho, o que ele concretizou na semana passada.

Ainda que julguem que o pacote é necessário para proteger o setor produtivo, agentes financeiros demonstram receios de que as medidas possam ter um impacto fiscal relevante ou servir como justificativa para que o governo abandone o compromisso com suas metas para as contas públicas.

A preocupação também cresce diante do fato de que o governo tem tido dificuldades em abrir canais para negociar com os EUA. Uma ligação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, que estava agendada para esta quarta-feira, foi desmarcada por Washington.

“Investidores seguem atentos às negociações com os EUA. O adiamento da reunião entre Haddad e o secretário do Tesouro mantém no radar o impacto do tarifaço sobre setores-chave. Ainda assim, observamos um ambiente externo mais favorável”, disse João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos.

Apesar dos temores com a questão comercial, o que provocaria uma aversão ao risco, o real tem conseguido recentemente acumular ganhos sobre a divisa dos EUA. Na terça-feira, o dólar fechou em baixa de 1,06%, a R$5,3864, alcançando a menor cotação desde 14 de junho de 2024, quando havia atingido R$5,3812.

Na esteira desse movimento estava a consolidação das apostas de que o banco central norte-americano terá espaço para cortar a taxa de juros a partir de setembro, depois de dados fracos de emprego e números moderados para a inflação ao consumidor.

Operadores já precificam totalmente que o Fed reduzirá os juros em 0,25 ponto percentual no próximo mês, segundo dados da LSEG, com mais um corte da mesma magnitude precificado até a reunião de dezembro.

A perspectiva para a retomada do afrouxamento monetário no Fed tem pressionado a moeda norte-americana nas últimas sessões, uma vez que investidores estrangeiros tendem a considerar o dólar menos atrativo devido a quedas nos rendimentos dos Treasuries.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,25%, a 97,792.

 

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