Por Fabricio de Castro
(Reuters) – O dólar oscilava perto da estabilidade ante o real nesta terça-feira em meio à disputa pela formação da Ptax de fim de mês, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava perdas ante a maior parte das demais divisas, com o mercado reagindo à possibilidade de paralisação de parte do governo dos EUA a partir de quarta-feira.
Às 10h04, o dólar à vista tinha leve baixa de 0,11%, aos R$5,3139 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,16%, a R$5,3125.
Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Até que a taxa seja definida, é de se esperar maior volatilidade nesta terça-feira perto das janelas de coleta do BC — às 10h, 11h, 12h e 13h.
No exterior, investidores se mantêm atentos às negociações sobre o Orçamento dos EUA. O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar um projeto de lei de gastos temporários que não foi aprovado em uma tentativa anterior, sem nenhum sinal de que uma segunda votação terá sucesso.
Em meio ao impasse, o dólar é pressionado pelo segundo dia consecutivo. Às 10h, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — cedia 0,06%, a 97,857. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía 0,42% ante o iene.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,35% no Brasil, aos R$5,3197.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% nos três meses até agosto, em linha com o projetado por economistas ouvidos pela Reuters.