(Reuters) – A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) defendeu nesta terça-feira reformas na instituição de 30 anos, destacando sua regra de consenso que exige acordo unânime entre os membros para garantir acordos comerciais globais.
“Precisamos reformar o sistema, não podemos ser complacentes”, disse Ngozi Okonjo-Iweala na conferência Future Investment Initiative, em Riad.
“Precisamos reformar algumas das formas como fazemos negócios, como nosso sistema de tomada de decisões por consenso, que é praticado como unanimidade — todos têm que concordar –, o que realmente retarda a tomada de decisões”, disse ela.
A diretora também pediu aos 166 membros da OMC que se engajem com os Estados Unidos em suas críticas à instituição, muitas das quais ela reconheceu como válidas.
Okonjo-Iweala repetiu que o sistema de comércio global está passando pela maior ruptura das últimas oito décadas, descrevendo-o como “danificado, mas não quebrado”.
Ela elogiou o fato de que mais de seus membros não recorreram a medidas retaliatórias em face das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre parceiros comerciais.
“O fato de que quase três quartos do comércio mundial de mercadorias ainda estão em vigor nos termos da OMC é incrível“, disse ela.
(Reportagem de Emma Farge)




