thomson reuters

BLOG | REVISTA DOS TRIBUNAIS

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

ONGs se unem para auxiliar troca de dívidas por proteção ambiental na COP16

ONGs se unem para auxiliar na conversão de dívida soberana

Por Oliver Griffin

CALI (Reuters) – Seis grupos internacionais de conservação, incluindo o Nature Conservancy e o Pew Charitable Trusts, lançaram nesta terça-feira uma coalizão para desenvolver padrões para a prática de conversão de dívida soberana em proteção ambiental, com foco na natureza e no clima.

A coalizão, que também inclui a Conservation International, a Re:Wild; o World Wildlife Fund nos EUA e a Wildlife Conservation Society, vai desenvolver ainda um portfólio de projetos compartilhados, informaram os grupos em uma declaração conjunta.

Cerca de 60% dos países de baixa renda veem seus esforços de proteção à natureza limitados por dívidas, enquanto até 100 bilhões de dólares em financiamento para o clima e a natureza poderiam ser desbloqueados ao permitir conversões de dívida soberana em compromissos de conservação, de acordo com a declaração.

“O que esse modelo busca fazer é trabalhar com governos que assumiram compromissos claros para o 30-por-30 e também têm dívidas que precisam ser convertidas”, disse Jennifer Morris, CEO da The Nature Conservancy, em um evento paralelo à cúpula da biodiversidade COP16 das Nações Unidas em Cali, na Colômbia.

A cúpula, que marca a 16ª reunião das partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, está debatendo como implementar 23 metas delineadas no acordo Kunming-Montreal, de 2022.

Entre as metas, a principal é que cada país reserve 30% de seu território terrestre e marinho para conservação até 2030 — uma meta conhecida como 30-por-30.

As trocas de dívida por natureza, nas quais a dívida de um país em desenvolvimento é reduzida em troca da proteção de ecossistemas vitais, têm atraído crescente interesse nos últimos anos, após o sucesso em locais como Belize e Ilhas Galápagos.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, transformou a luta contra a mudança climática e a proteção da natureza em uma ambição central de seu governo. Ele frequentemente defende o perdão da dívida para países em desenvolvimento em troca de proteção ambiental.

Petro e o chanceler alemão Olaf Scholz mantiveram conversas sobre uma possível troca de dívida por natureza com a Alemanha, informou à Reuters no início deste mês o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo.

As seis organizações desenvolverão padrões para a conversão de dívida soberana em compromissos com a natureza e o clima, que devem ser publicados até o início de 2025, disse o comunicado.

As organizações acrescentaram que os padrões se concentrarão em aspectos como governança, operações e fundos fiduciários de conservação, entre outros.

A coalizão também se concentrará em unir forças em projetos de conversão de dívida, desenvolver políticas e aumentar o montante de capital disponível para melhorias de crédito, como seguros e garantias.

“As conversões de dívida resultam em uma vitória tripla para governos, comunidades locais e natureza ao reduzirem o peso da dívida de um país, fornecerem recursos para o desenvolvimento econômico de comunidades locais e desbloquearem financiamento para conservar os ecossistemas mais vitais do país”, disse Robb Menzi, presidente e CEO interino da Wildlife Conservation Society.

(Reportagem de Oliver Griffin)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Post Relacionado

Imagem de uma investigação policial com fotos e arquivos conectados por linhas vermelhas, e uma pessoa de mãos algemadas ao lado. crimes hediondos

Crimes Hediondos: O que você precisa saber sobre a Lei nº 8.072/1990

A Lei nº 8.072/1990, conhecida como Lei dos Crimes Hediondos, é um dos marcos mais emblemáticos do endurecimento penal no Brasil. Promulgada em um contexto de grande comoção social, no início da década de 1990, a lei buscou dar uma resposta imediata ao aumento da criminalidade violenta, estabelecendo um tratamento

Imagem de um parque de diversões ao ar livre com quadras de tênis, pista de corrida, áreas verdes e uma estrutura circular em uma área urbana na cidade.

ONU limita tamanho de sua equipe na COP30 devido aos altos preços de acomodação

Por Kate Abnett BRUXELAS (Reuters) – Os altos preços dos hotéis para a cúpula climática COP30, que será realizada em novembro em Belém, fizeram com que a Organização das Nações Unidas (ONU) pedisse aos seus funcionários que limitassem a participação, enquanto as delegações governamentais ainda estão lutando para encontrar quartos

Logo da Organização das Nações Unidas (ONU) projetado na fachada de um edifício, refletido na iluminação ao entardecer.

UE deve perder prazo da ONU para novas metas climáticas, mostra esboço

Por Kate Abnett e Virginia Furness BRUXELAS (Reuters) – A União Europeia não espera chegar a um acordo sobre uma nova meta climática exigida pela ONU a tempo de cumprir um prazo-chave neste mês e, em vez disso, elaborou planos para apresentar uma meta temporária, a ser alterada posteriormente, mostrou

REVISTA DOS TRIBUNAIS
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.