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Camex aprova abertura de consulta na OMC sobre tarifa dos EUA e Lula tomará decisão final

Imagem de um homem idoso com cabelos grisalhos falando e gesticulando durante uma apresentação ou discurso, usando terno e óculos.

BRASÍLIA (Reuters) – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que o conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a imposição de tarifas do governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A aprovação da Camex é o primeiro passo para o governo brasileiro iniciar o questionamento à OMC sobre as tarifas norte-americanas.

“O presidente Lula agora vai decidir como fazê-lo e quando fazê-lo”, disse Alckmin em entrevista coletiva.

Fontes do governo admitem que, atualmente, o processo na OMC não tem efeito prático, já que o mecanismo de solução de controvérsias da entidade não está em funcionamento plenamente desde que o governo dos EUA deixou de indicar seus membros. No entanto, tem um efeito simbólico, dentro da defesa que o Brasil faz das instituições multilaterais.

Ainda assim, o governo brasileiro não deve esperar por uma resposta da OMC se decidir adotar medidas recíprocas contra os Estados Unidos, já que um processo regular dura pelo menos um ano e meio.

Como mostrou a Reuters, a intenção por enquanto é deixar de lado a retaliação e centrar os esforços do governo em medidas de compensação aos setores afetados e em tentativas de retomar as negociações. Ainda assim, medidas de reciprocidade deverão ser adotadas se não houver avanço no lado das negociações.

Já em relação às medidas compensatórias, o vice-presidente recomeçou nesta segunda-feira reuniões com os setores afetados para discutir alternativas. A intenção é que as medidas sejam focadas na indústria mais afetada e quando não há possibilidade de novos mercados.

Alckmin ressaltou que alguns setores como suco de laranja, celulose e alguns tipos de madeira já foram excluídos das conversas por terem escapado da taxação, e em outros casos está sendo trabalhada a abertura novos mercados.

“Nós temos possibilidades muito boas com a União Europeia e com Reino Unido na área de pescado, porque lá atrás houve bloqueio por questão sanitária, que pode ser superado. Então vamos buscar novos mercados”, disse Alckmin.

De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo também trabalha em algumas regulamentações nacionais para permitir o aumento da venda no mercado interno, além de acelerar alguns processos para abertura de novos mercados internacionais, com foco nas áreas atingidas pelas tarifas.

 

(Por Victor Borges e Lisandra Paraguassu)

 

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