Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – As fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro neste fim de semana deixaram ao menos 11 mortos, segundo informações do Corpo de Bombeiros fluminense, que atendeu somente nas últimas 24 horas 200 chamadas relacionadas a ocorrências provocadas pelos temporais.
A chuva forte inundou ruas, casas e avenidas, invadiu a linha do metrô na capital, elevou o nível de rios e canais e provocou deslizamentos, soterramentos e quedas de árvores. A circulação dos transportes ficou prejudicada e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi às redes sociais pedir para que a população fique atenta e evite locais de risco.
Autoridades do governo federal, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entraram em contato com Paes para oferecer ajuda. A situação levou Paes a decretar situação de emergência na capital fluminense.
Na rede social X, antigo Twitter, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que entrou em contato com Paes para colocar o governo federal à disposição do município.
“Seguindo orientação do presidente @LulaOficial, estamos atuando junto com prefeito @eduardopaes para garantirmos todo o apoio do governo federal à população atingida pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro”, escreveu o ministro na plataforma.
Em mensagem nas redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que está de férias, manifestou condolências às famílias das vítimas e disse que o momento agora é de união.
“Seguimos trabalhando incansavelmente para prestar toda a assistência e evitar mais perdas”, afirmou. “O momento exige união. Mantenho constante diálogo com prefeitos para garantir ações efetivas. A vida de cada fluminense e a segurança de todos é a prioridade no momento.”
Em alguns locais, moradores ilhados precisaram usar botes, pranchas e motos aquáticas para se deslocar e ajudar vizinhos.
As mortes confirmadas até agora aconteceram em diferentes pontos do Estado. Entre os mortos estão atingidos por deslizamentos de terra, vítimas de afogamento e pessoas que sofreram descargas elétricas, segundo os Bombeiros. As mortes aconteceram na capital e em municípios da Baixada Fluminense.