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Haddad diz não acreditar que MP da compensação do IOF perderá validade e vê conversa bem encaminhada

Imagem de um homem de cabelo castanho e grisalho, com expressão séria, usando terno preto e gravata, em ambiente de conferência ou reunião, com fundo azul

SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira não acreditar que a medida provisória que altera a taxação de aplicações financeiras para compensar a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) perderá validade, e disse que as conversas em torno de um acordo para aprovar a medida estão bem encaminhadas.

A fala de Haddad ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, vem na véspera da data de vencimento da MP, que não foi sequer aprovada em comissão mista e precisa ser aprovada tanto no plenário da Câmara dos Deputados quanto do Senado até quarta-feira para não caducar.

“Eu não acredito que vá acontecer isso”, disse Haddad quando questionado sobre a possibilidade de a MP perder validade.

“Eu acredito que a negociação está indo bem e sabendo a dose, que eu acho que está sendo bem administrada, vamos sair do outro lado numa situação melhor.”

A proposta enviada pelo governo retira a isenção de imposto de renda de algumas aplicações financeiras, além de aumentar a taxação sobre casas de apostas online, as chamadas bets. A MP foi editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compensar a perda de arrecadação após o governo recuar de parte do aumento do IOF, após forte reação da opinião pública.

A MP tem encontrado resistências principalmente na bancada do agronegócio por retirar isenção ou alterar alíquotas de aplicações financeiras vinculadas ao setor.

Na entrevista, Haddad também disse que o governo brasileiro não irá alterar a estratégia de negociação com os Estados Unidos, pois, entende ele, a atual está dando certo. Após um telefonema na véspera entre Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, Haddad disse que a determinação dos dois líderes é de virar uma página que ele classificou de “equivocada” e que, em sua avaliação, marcou a relação bilateral nos últimos meses.

Lula e Trump concordaram na segunda-feira em encontrar-se pessoalmente em breve, depois de um primeiro telefonema entre ambos em tom classificado como “amistoso” pelo governo brasileiro.

Haddad defendeu que a sobretaxa comercial de 40% imposta pelos EUA a vários produtos brasileiros tem natureza política e deve ser retirada para todos os produtos vendidos pelo Brasil aos EUA.

ELEIÇÕES

O titular da Fazenda reiterou ao Bom Dia, Ministro que não pretende ser candidato na eleição do ano que vem, apesar de seu nome ser cotado para disputar o governo de São Paulo — o qual ele disputou e foi derrotado pelo atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2022 — ou uma cadeira ao Senado pelo mesmo Estado.

“Não pretendo ser candidato ano que vem. Creio que posso ajudar de várias outras maneiras o presidente Lula, vou estar engajado, acho muito importante o trabalho que o presidente Lula está fazendo de resgate da cidadania do Brasil”, disse.

“Vou ter ainda uma conversa com o presidente sobre isso, provavelmente, e vou colocar o meu ponto de vista de como eu acredito que possa colaborar melhor.”

Sobre Lula, que deverá disputar a reeleição em busca de um quarto mandato na Presidência, Haddad avaliou que o petista pode chegar ao pleito não só competitivo, mas favorito.

“Lula vai entregar o país muito melhor do que ele recebeu, então eu acredito que ele vai chegar bem (nas eleições)”, disse. “Ele tem tudo para chegar muito competitivo e até favorito.”

 

(Por Eduardo Simões)

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