Os mais diversos formatos de comunicação que temos acesso hoje passaram por gigantes transformações nos últimos vinte anos. Passam, na realidade. A preferência pelos textos corridos, por exemplo, hoje divide grande espaço com a do uso de imagens, mapas mentais e ícones. Obviamente uma transformação fomentada pela democratização do acesso à Internet e pela quantidade de horas em que consumimos conteúdo digital online.
Entretanto, é errôneo pensar que existe uma tendência de substituição. Não há. Por isso, mencionamos a divisão de espaço e a tendência a complementação de um formato de conteúdo pelo outro.
O Direito, matéria complexa e de histórico cerimonioso, abriu espaço, a partir das tradicionais composições escritas, para o visual law e o legal design crescerem e se desenvolverem. Aliás, os textos ainda são o ponto de partida de criação de um visual law, inclusive dos muitos apresentados nas obras publicadas aqui pela Livraria RT.
De acordo com Guaracy Carlos da Silveira e Sílvia Gomes Piva, autores do artigo “Fundamentos Do Legal Design”, publicado na edição 8 da Revista de Direito e as Novas Tecnologias (RDTec), “novas conveniências trazidas pelas tecnologias deixaram consumidores mais exigentes e independentes e esses reflexos também são vistos no ambiente jurídico”.
É importante ressaltar que a inovação por meio de imagens, diagramações e projetos diferenciados utilizados em Visual Law representam uma área dentro do Legal Design, que engloba a busca e aplicação dessa revolução.
O LEGAL DESIGN
O legal design é a área responsável pelas mais diversas inovações dentro do Direito. É apresentado ao público um outro formato de consumo de temas jurídicos, que amplia o alcance e somente agrega ao que já era consolidado na área, abrindo espaço, inclusive, para profissionais de outras especializações.
O VISUAL LAW
O Visual Law é um formato disruptivo de apresentação de conteúdo. Trabalha-se com o objetivo de que quem procura este formato não tenha dúvidas do que está sendo transmitido.
Existe uma necessidade de renovação em todo o sistema e processo jurídico – desde a apresentação de uma sentença nos tribunais, passando pela apresentação de um contrato de honorários ao cliente por um advogado ou mesmo pela adaptação de um contrato de consumo para visão mais clara ao grande público e às pessoas que não possuem conhecimento técnico para uma interpretação dos textos jurídicos com facilidade.
O visual law tem influência determinante nessa renovação. É democrático, moderno, tecnológico e direto, sendo esse último um dos maiores objetivos: todas as informações importantes do assunto devem estar ali presentes e serem destaques por meio, óbvia e principalmente, de itens visuais.
Dentro de um visual law, as maneiras de chamar a atenção do consumidor para o conteúdo passam pela escolha das cores, dos ícones, das imagens, da adaptação dos textos e dos gráficos por quem o produz. É preciso estar atento à mensagem que se quer passar – as cores escolhidas serão todas sóbrias ou buscam chamar a atenção para uma informação específica? Os ícones serão pontos de destaque ou apenas ilustrações estéticas? A quantidade de textos está adequada a um rápido entendimento?
Não há dúvidas que o visual law agrega muito valor ao conteúdo. A Revista dos Tribunais/Thomson Reuters investe cada dia mais nesse meio de comunicação com seus consumidores e traz em suas obras, e-books e produtos digitais uma série de aplicações rotineiras dessa inovação para, cada vez mais, democratizar o entendimento do Direito e atualizar os profissionais jurídicos, com o melhor e mais atualizado conteúdo jurídico do mercado.