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Marketing Jurídico: os limites da autopromoção na advocacia

mulher pesquisando sobre marketing jurídico

Com o avanço da tecnologia e advento das redes sociais, a internet se tornou um recurso essencial para a divulgação de produtos e serviços de diversos setores; e não seria diferente no mundo jurídico. É importante que escritórios e advogados estejam integrados a esse contexto para não correrem o risco de ficarem para trás e não atingirem o reconhecimento esperado no mercado. Afinal, o próprio comportamento humano mudou e é comum que as pessoas busquem por serviços e produtos online.

Normas Éticas no Marketing Jurídico

Entretanto, a advocacia possui uma série de restrições e vedações para disseminação desse tipo de conteúdo, e quem não as seguir à risca corre o risco de sofrer represálias por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O Marketing Jurídico, portanto, é uma área que lida com a promoção de serviços jurídicos de forma estratégica, que aplica táticas do marketing convencional para impulsionar os serviços de um escritório ou de um advogado individual, mas em conformidade com as normas éticas da profissão. No Brasil, a OAB estabelece diretrizes para a publicidade e a autopromoção dos advogados, visando preservar a dignidade da profissão. 

Estratégias de Marketing Jurídico

De acordo com o Código de Ética da OAB, o advogado pode realizar publicidade de seus serviços, desde que de forma moderada e discreta. A publicidade deve ser informativa e não pode envolver comparação com outros profissionais, promessas de resultados ou influenciar a contratação de serviços de forma abusiva ou enganosa. 

Práticas que mercantilizem a profissão são totalmente proibidas. Nada de descontos em serviços jurídicos ou propagandas que prometam resultados garantidos. A ideia é que a advocacia não seja vista como um mero comércio.

Limites da Autopromoção na Advocacia

Então, o que pode ser feito? Bem, o marketing jurídico se foca muito na construção de uma imagem de autoridade e confiança. Isso pode ser feito através da produção de conteúdo relevante sobre temas jurídicos, como artigos, vídeos e posts em redes sociais que esclareçam dúvidas do público e mostrem o conhecimento do advogado ou do escritório sobre determinadas áreas do direito.

Além disso, participar de eventos, dar palestras e se manter ativo na comunidade jurídica também são formas eficazes de marketing. Essas atividades ajudam a construir uma rede de contatos e a mostrar o profissional como uma referência em sua área.

Os limites da autopromoção estão relacionados à proibição de práticas que possam caracterizar concorrência desleal, captação de clientela ou mercantilização da profissão. Por exemplo, é vedado ao advogado fazer uso de anúncios em rádio e televisão, outdoors ou panfletagem em massa.

Isso não significa que os advogados não possam se promover de forma alguma. No entanto, é fundamental que façam isso de maneira ética e responsável, respeitando os limites estabelecidos pela OAB.

É importante que o advogado mantenha uma postura ética e profissional na divulgação de seus serviços, utilizando canais apropriados e mensagens que reflitam a seriedade e a responsabilidade que a profissão exige. As estratégias de marketing devem sempre respeitar os princípios fundamentais da advocacia, promovendo uma imagem que esteja alinhada com os valores jurídicos e sociais.

O Equilíbrio na Divulgação Jurídica

Em resumo, o Marketing Jurídico deve ser planejado e executado com cautela, sempre considerando as normas éticas da OAB e evitando ações que possam prejudicar a imagem do advogado ou do escritório jurídico. 

A autopromoção deve ser feita de forma equilibrada, priorizando a qualidade e a competência profissional como diferenciais. Respeitar esses princípios não só fortalece a credibilidade do profissional como também protege a integridade do cliente e do sistema jurídico como um todo.

 

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